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1126 BOM JOAO VI NO BRAZIL

Dom Joao VI esperara, comtudo, ate a ultima que o for- gassem a ficar. O seu ouvido estava sempre alerta, a presen- tir uma manifestable que nao chegava e que, quando se esbogou, foi para tornar mais amarga sua partida, maculando de sangue os ultimos dias da sua estada no Brazil. O povo nao estava em condicoes de luctar com a tropa. Maler escre- via com exactidao para Pariz ( I ) que a populacao do Rio via afastar-se o Rei com pezar e tambem com inquietagao ; mas que, quando alguns intitulados facciosos quizeram dar corpo a esses sentimentos e affixaram cartazes ameagadores, fallando em opporem-se pelas armas a partida da familia real, as tro pas protestaram contra o alarme e juraram a epocha era dos juramentos manter com fidelidade o socego publico e velar com dedicagao pelo embarque dos augustos personagens, saos e escorreitos.

Disfarc.adamente era um mandado de despejo, a que os acontecimentos iam fornecer uma cruel sanccao. Ao mesmo tempo que o decreto que annunciav^Ei a ida do Rei para Lis- boa, ficando o Principe no Rio, com que se punha cobro as supplicas, intrigas e suspeitas originadas no boato de acom- panhar o herdeiro o soberano, outro decreto, do mesmo dia 7 de Marco, mandava proceder a escolha dos eleitores de parocbia para a eleigao final dos deputados brazileiros as Cortes portuguezas (2), que deveriam seguir no mais curto espaco de tempo a tomarem assento n essa assemblea delibe- rativa e constituinte.

��(l i Officio de 15 de Margo- de 1821.

i I i () procrsso jidnptado polo govcrao provisorio de Portugal o imita-Jo do lit^span hol era complicado, representando uma eleicna <ic (iu;ii.ro grMus. O PI/VO noiD Cava com-m-issai-ios, estes os eleitores de pMrochjas, (iiif <>srolhiam os eleitores de comarca, votando estes final- mente nos deputados de provincia.

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