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634 DOM JOAO VI NO BRAZIL

sas a invasao da Banda Oriental, onde a 20 de Janeiro d a- quelle anno o general Lecor recebera as chaves de Montevi deo, processionalmente trazidas pelo Cabildo.

Assim explicava verosimilmente o Correio Braziliens? a retirada do ministro Pedro de Balk Poleff, que Dom Joao VI recebeu a 13 de Maio de 1817 no seu novo caracter de embaixador determinado pela elevagao do Principe Re- gente ao throno dos seus antepassados por motive do falle- cimento da Rainha Dona Maria I. A segunda phase da missao de Balk Poleff foi, por outras razoes (i), mais des- agradavel e mesmo tempestuosa, mas e facto que a intimidade era entao muito grande entre os gabinetes de Sao Peters- burgo e de Madrid, contribuindo porventura esta circmn- stancia para levar o mau humor do diplomata aos despropo- sitos que commetteu.

O governo hespanhol persuadira o Czar Alexandre que a causa da realeza na America era a causa de toda a Eu- ropa inonarchica e absolutista, a qual tanto mcnos podia convir a independencia das colonias ibericas quanto bem de- pressa lograria a sua separagao- transformar-se em supre- macia, favorecidas como eram aquellas possessoes peio cJima e pela fertilidade e riqueza do solo, ao ponto de ser para temer que, segundo se nao cangava de vaticinar o ab- bade de Pradt, para la emigrassem da Europa a industria e as artes. A intimidade russo-hespanhola tinha todavia fun- damentos, senao mais consistentes, mais praticos do que uma mera communidade de vistas reaccionarias, um sentimento de legitimidade solidaria.

A Russia andava por esse tempo muito interessada na costa occidental da America do Norte e o boato correu de

��(.1) Vide Capitulo XXI.

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