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DA MINHA ALMA.
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Quem, 'nelles, com mais tristeza,
D'uma invejou a belleza,
D'outra as prendas invejou,
Para attrahir os olhares,
Que te via esperdiçares
Com a que nunca te amou?!


Os males de tua vida
Quem partilhar quereria
Co'a ternura estremecida,
Com que os eu partilharia?
Ah! quem tão fervidamente
Rogaria ao Omnipotente,
Para d'elles te isentar?!
Nadando em santas delicias,
Do coração as primícias
Quem assim te havia dar?!

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Só eu um coração dar-te podia,
Cujos sonhos mais dôces fossem teus,
Como d'alma é a mystica poesia,
Como no céu os anjos são de Deus.