um jumento que a distancia tosava pensativamente a herva; a do snr. Paulo, essa vae varar o chapéu alto d’um dos padrinhos do devoto. Este sujeito franziu consideravelmente o sobr’olho.
Á noite, um excellente rapaz, Jacques Morot, reaccionario tambem, abre a porta do café da rua Rousseau e pergunta para dentro ávidamente:
— Então, o duello? Houve morte de homem?
— Não, — respondeu alguem d’uma mesa ao fundo. — Houve morte de jumento.
— O que! Morreu Paulo?
E o Paulo que, ao lado, sorvia galhardamente o seu grog, ergue-se, de juba eriçada e a injuria no labio... E d’ahi outro duello á pistola tambem.
Foi no bosque de Bolonha, esse, ao primeiro cantar da cotovia. A bala reaccionaria de Jacques, perdeu-se por entre as folhagens, mas a do snr. Paulo lá foi varar o chapéu alto do padrinho — do mesmo, precisamente o mesmo que na vespera, ao lado do beato pançudo, tivera já o seu chapéu atravessado e franzira tanto o sobr’olho.
— Comprehendo! — rosnou este individuo, livido. E á noite, no café, dirige-se á mesa onde o snr. Paulo absorvia o seu grog, exhalando o seu socialismo, e accusa-o, friamente, «de lhe querer tirar a vida de um modo desleal e infame»!
— Pois atreve-se?... — ruge o snr. Paulo.
— Sei o que digo; infame e desleal!
— Insolente!