Nem um Vive Carnot! Nem uma palma ao velho Saussier, governador militar de Pariz, e ao seu muito emplumado estado-maior! E quando Pariz não applaude os pennachos — é que Pariz está realmente macambuzio.
Uma tal taciturnidade, uma tal apathia não provém só dos parizienses estarem despeitados, porque a policia republicana e o governo republicano os acutilaram consideravelmente. É certo que em cada bairro se formou uma commissão para desorganisar a festa e promover uma melancolia de protesto: — mas essas commissões só impediram luminarias que já estavam decididas a não illuminar, e só fecharam nas gavetas bandeiras que realmente nunca tinham tencionado tremular. A verdade é que Pariz e a França cada vez se desinteressam mais da festa de 14 de julho. Ella nunca foi essencialmente popular. Se o povo dançava, é porque o Estado lhe estabelecia uma orchestra nas praças, entre lanternas chinezas: — e onde quer que haja uma flauta e uma rebeca, com luzes entre verdura, immediatamente raparigas e rapazes se enlaçarão para uma polka. Mas espontaneamente, se o Estado não fornecer a orchestra (como succede desde os ultimos annos) não ha povo que a alugue e que dance só porque em certo dia, ha cem annos, se derrubou uma certa fortaleza. Em que póde a tomada da Bastilha enthusiasmar o povo? Querem dizer que ella era a summa e o symbolo do despotismo monarchico e do direito divino. Mas esse despotismo, na Bastilha, só se