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VI

A França e o Sião

 

A França começou emfim a devorar Sião. Este ingenuo, amavel e polido povo recebeu, ha quatro ou cinco dias, um ultimatum em que era intimado a entregar, sem demora, á França uma immensa porção do seu territorio e uma não pequena porção do seu dinheiro. Segundo a prudente maneira dos orientaes, o Sião nem consentiu, nem recusou. Com aquella mansidão e humildade, que tão propria é de buddhistas e de fatalistas, replicou que não comprehendia bem as exigencias da França, que appetecia a paz, e que por amor d’ella estava disposto a dar algum dinheiro, mas não tanto, e a abandonar algum territorio, mas não tão vasto. Outr’ora, quando os costumes internacionaes eram mais dôces e complacentes, e os povos orientaes gosavam ainda (por menos conhecidos) d’uma feliz reputação de lealdade, esta discreta resposta teria dado