O amante adivinhou a razão dessa dúvida que afligia o espírito da moça; e respondeu-lhe com uma queixa:
—Mostrei-lhe acaso, Amália, o menor indicio de arrependimento e hesitação para que retire o consentimento que me deu?.
— Não o retiro; dei-lhe a mão; ela pertence-lhe.
— Mas então quem se oporá à nossa felicidade?.
— Não sei; mas tenho medo que ela não se realize.
— Faltam tão poucos dias!
— Até à hora, ninguém sabe o que pode acontecer.
Hermano esforçou-se por dissuadir Amália daquela idéia, e com tanta efusão falou-lhe de seu amor, que ela deixou-se convencer, e creu enfim na possibilidade de ser feliz.
Se a moça cogitasse em um meio de fascinar o seu amante, de o prender ainda mais a si, não poderia escolher melhor do que este receio sincero por ela manifestado Desde aquele diálogo Hermano redobrou de extremos; e se já havia resumido sua existência em Amália, não viveu mais senão das horas que passava junto dela.
Ao chegar interrogava ansiosamente o semblante da