Página:Eneida Brazileira.djvu/298

Wikisource, a biblioteca livre

He differente o golpe e a mão que o vibra.»
Eil-o, se alça nos pés, roda o montante;
E, as temporas partindo e impubes queixos,
A cutilada a fronte escacha em duas.
735Do abalo a terra estronda: alli, morrendo,
Os frouxos membros roja e dos miolos
O arnez cruento; por igual fendida,
De um hombro e do outro pende-lhe a cabeça.
De assustados o dorso os Teucros viram;
740E, romper a estacada se occorresse
Ao vencedor e introduzir os socios,
Nesse dia findara a guerra e Troia;
Mas crua ardente sêde o arrasta e cega.
A Sagaris jarreta e a Gyges logo,
745Hastas que saca aos fugitivos darda,
E Juno a perseguil-os o acorçoa.
A Halys e pela adarga a Phegeu crava;
Tronca a Noemon, Prytanis, Halio, Alcandro,
Que inscios no muro o assalto rechassavam.
750Estribado á trincheira, destro o gladio
Brande a Lynceu, que investe e auxílio clama;
A cabeça de um talho cerceada
Longe com o elmo jaz. Terror das feras
De um revez tomba Amyco, sem segundo
755No hervar a frecha e empeçonhar o ferro;
Mais o Eolides Clycio, e Creteu vate,
Caro ás musas; Creteu, cujo gôsto era
Tender accorde os nervos do alaúde,
Armas cantar, varões, corséis, batalhas.
760Á nova do destrôço, ardido acode
Com Seresto Mnestheu, que dentro encontram
O inimigo, e os consocios derrotados:
«Onde, brada Mnestheu, fugis, Troianos?
Que outros muros tereis, que outra guarida?
765Um só homem, fechado em vossa estancia,