Página:Eneida Brazileira.djvu/307

Wikisource, a biblioteca livre

Dourado Apollo: Populonia madre
Mancebos destros lhe fiou seiscentos;
Trezentos Ilva, de metal chalybio
Fecunda ilha inexhausta. O mago Asylas,
175A quem o humano e o divinal descobrem
Astros, fibras de rezes, linguas de aves
E o presago fulgor, conduz terceiro
De hastatos mil espesso horrendo bando;
Que lh’os subordinou, de alphéa origem,
180Pisa etrusca. Pulchérrimo, em cambiante
Arnez afouto e em seu corsel, trezentos
Astur ajunta (um mesmo ardor em todos)
Na patria Cérete, em minionias margens,
Pestífera Gravisca e Pyrgo-Vedra.
185Não te omitto, ó Cyniras, bellacissimo
Rei da Liguria; e a ti, que poucos mandas
E has no tope, Cupavo, cysneas pennas:
Foi culpa aos vossos a amizade, a insignia
He da paterna fórma. Cycno, contam,
190Saudoso de Phaeton, quando entre choupos,
Das irmãs deste á sombra, o amor em nenias
E o lucto consolava, em brandas plumas,
Qual velho encanecendo, ao céo cantando
Se elevou. Na companha iguaes pennachos,
195Rema o filho alta nau, donde um centauro
Arduo com pedra enorme acena ás aguas,
Arando o buco longo o plaino equoreo.
Tambem da patria move as turmas Ocno,
Prole da vate Manto e um tusco rio,
200Que o nome da mãe deu-te e muros, Mantua;
Mantua, rica de avós, não de uma estirpe,
De tribus tres, por tribu quatro curias,
Es cabeça, e te alenta o sangue etrusco.
Dalli contra Mezencio, em pinho infesto,
205Do pae Benaco o Mincio, de arundineo