Página:Esaú e Jacob.djvu/186

Wikisource, a biblioteca livre

O dia seguinte trouxe à menina Flora a grande novidade. Sábado seria assinado o decreto; a presidência era no Norte. D. Cláudia não lhe viu a palidez, nem sentiu as mãos frias, continuou a falar do caso e do futuro, até que Flora, querendo sentar-se, quase caiu. A mãe acudiu-lhe:

— Que é? Que tens?

— Nada, mamãe, não é nada.

A mãe fê-la sentar-se.

— Foi uma tonteira, passou.

D. Cláudia deu-lhe a cheirar um pouco de vinagre, esfregou-lhe os pulsos; Flora sorriu.

— Este sábado? perguntou.

— O decreto? Sim, este sábado. Mas não digas por ora a ninguém; são segredos de gabinete. É coisa certa; enfim, alguém nos fez justiça; provavelmente o imperador. Amanhã irás comigo a algumas encomendas. Faze uma lista do que precisas.

Flora precisava não ir e só pensava nisso. Uma vez que o decreto estava prestes a ser assinado, não havia já desaconselhar a nomeação; restava-lhe a ela