Página:Esaú e Jacob.djvu/253

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gestos, não sou ator. Eu, sem mexer um pé; inspiro respeito.

D. Cláudia dispensou o gesto; não era essencial. Quis que ele escrevesse a frase, mas já estava de cor. Batista tinha boa memória.

Naquele mesmo dia, Batista foi ao Marechal Floriano. Não disse nada às pessoas da casa; contaria tudo na volta. D. Cláudia também calou, era por pouco tempo; ficou esperando ansiosa. Esperou duas mortais horas, chegou a imaginar que lhe tivessem encarcerado o esposo, por intrigas. Não era devota, mas o medo inspira devoção, e ela rezou consigo. Enfim, chegou Batista. Ela correu a recebê-lo, alvoroçada, pegou-lhe na mão e recolheram-se ao quarto. Perpétua (vede o que são testemunhos pessoais na história!) exclamou enternecida:

— Parecem dois pombinhos!

Batista contou que a recepção foi melhor do que esperava, conquanto o marechal não lhe dissesse nada, mas escutou-o com interesse. A frase? A frase saiu bem, apenas com uma emenda. Não estando certo se ele preferia bons a fortes, ou se fortes a bons...

— Deviam ser as duas palavras, interrompeu a mulher.

— Sim, mas lembrou-me empregar uma terceira: "Creia V. Excia.que Deus está com os dignos!"

Com efeito, a última palavra podia abranger as duas, e trazia esta vantagem de dar à frase um arranjo pessoal dele.

— Mas o marechal que disse?

— Não disse nada; ouviu-me com atenção obsequiosa e chegou a sorrir, — um sorriso leve, um sorriso de acordo...