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As laminas destinadas ao estudo do hematozoario eram depois fixadas a 150° e coloridas pelo processo de Laveran, descripto pela primeira vez na Sociedade de Biologia, de 9 de junho de 1900, e modificado no Instituto de Manguinhos, em particularidades de execução, no intuito de obter productos sempre identicos.


E' o seguinte o processo de Laveran, modificado em Manguinhos :

Processo de
coloração de
Laveran.

Prepara-se o azul de Borrel fazendo uma solução de azotato de prata a 1 gramma para 60 cc. de agua distillada. Addiciona-se-lhe 60 cc de solução normal de soda (40/1000). Lava-se o oxydo de prata formado com agua distillada, até esta não apresentar reacção alcalina e tornar-se limpida O oxydo de prata deve ser lavado sem agitação. Ajunta-se lhe então 100 cc. de uma solução saturada de azul de methyleno (a 3/100), préviamente filtrada.

Preparam-se ainda duas soluções, uma de eosina a 1:1000 e outra de tannino a 5:100. Será bom collocar nos frascos da solução de eosina alguns pedaços de camphora, afim de impedir a formação de bolores.

Para corar as laminas, prepara-se, no momento de se servir della, a seguinte mistura:

Solução de eosina a 1:1000 
 4 cc.
Agua distillada 
 6 cc.
Azul de Borrel 
 1 cc.

A lamina, sobre a qual está estendido e fixado o sangue, é collocada num crystallisador de Petri, no qual foi posto um pequeno bastão de vidro, afim de impedir que o sangue fique em contacto com o fundo do crystallisador. Deita-se no crystallisador a mistura corante, de modo que sobre ella, com a superficie contendo o sangue para baixo, nade a lamina.