camará mortuária das almas ii′uma luz final consoladora.
Hamlet é o céo melancholico das almas,
cujas estrellas tristes, contemplativas, deslumbram-nos
de um goso quintescenciado e nos
tornam cegos e perplexos de Indeffinivel...
Hamlet é a grande anciedade do Sonho, é o Sonlio se dilatando, se dilatando, como celeste, sideral serpente, na esphéra da Dor, tomando essas transfigurações, esses velados, sombrios silêncios e essas nevro-hysterias mentaes da Duvida.
Hamlet é o violino immortal e secreto do Pensamento humano que as torturantes noites nebulosas da Consciência ferem de sons desolados.
Hamlet é o Archanjo supremo das nostalojias,
branco ebello, meisro, arrebatador e convulsivo,
cujo gladio em chamma phosphorescente
flammeja n′um fundo de sombra de exótico e
fulminante desdém e cujo grave génio pallido,
de uma alta e velha aristocracia de Sensibilidade,
requintada e esquecida para além nos limbos da
Saudade, se debruça, desespera e chora delyrantemente
sobre o ideal firmamento de astros mortos
do seu amor...