Página:Evocações.djvu/186

Wikisource, a biblioteca livre
184


frente á frente, e de olhos leaes e lirapidos, com a verdadeira magia do Bello; quando, afinal, sentimos dentro em nós viver o Absoluto, ficamos vagamente sorrindo, serenos e silenciosos, a cabeça ura tanto inclinada n′uraa attitude beatifica, como, na eloquente mudez das Esphéras, sob a augusta solidão das estrellas, a attitude pathética e meio somnambula de um demónio divino.

De que servem, pois, mofas, de que valera, pois, apupos?

É de ti, deste, d′aquelle, que f aliara, que vociferara? Pois as boccas, que elles trazem, para que foram feitas? Para fallar, não é assim? Pois que fallera, as boccas... Pois que unjara de fel o teu nome, as boccas... Pois que se saciem de ti, as boccas... Pois que lubricamentete devórera, as boccas...

Que te néguera, por pregões ridículos, por decretos grotescos, que façam, em torno do teu nome, a campanha cavilosa cio silencio o a das perfídias e caluraniasinhas da mediocridade e nullidade triumphante — que importa isso! — se tu, na serena fôrça da tua Fé, vaes calmo, vaes tranquillo, no radiante humor, despreoccupado, simples, dos que caminham dos que seguem desdenhando serapre?!