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sepultura querida do meu íillio, murmurando as rezas, as orações da minlia Fé.

Tanto que te pedi, tanto que te suppli(]uei que me deixasse morrer primeiro que o meu Luiz, ou que me deixasses acabar ao menos perto d′elle, para que pudesse cobrir de ardentes beijos os seus olhos azues que eu adorava, as suas mãos que batalharam por mim, sentir o ultimo clarão da sua doce intelligencia e alma pura que só, só para mim viviam, só por mim eram felizes e carinhosas! O meu primeiro filho, (jue tanta luta me custou, tantos perigos, tantos e tão grandes me fez soffrer! O que eu te pedia, só Senhor! •é que me deixasses meu filho, tão rico de mocidade, tão rico de esperança, tão protegido do meu amor e que lá se foi morrer longe de mim, náufrago, nessa cova medonha do Mar, por uma noite de tempestade, talvez já sem velas o barco e sem ao menos, ah!, quem sabe!, sem ao menos €strellas no céo, Senhor, sem estrellas no céo, Senhor!

Apenas um consolo tive e esse bem amargo, bem amargo do consolo foi.

Quando encontraram o seu cadáver e que m′o vieram piedosamente trazer para que eu o enterrasse, para cjue eu sentisse a commoção derradeira de vel-o e emfim dar-lhe a sepultura, a