O sabiá na gaiola
Lamentava-se na gaiola um velho sabiá.
— Que triste destino o meu, nesta prisão, toda a vida... E que saudades dos bons tempos de outróra, quando minha vida era um continuo esvoaçar de galho em galho, em procura das laranjas mais bellas... Madrugador, quem primeiro saudava a luz da manhã era eu; como era eu o ultimo a despedir-me do sol á tardinha. Cantava e era feliz...