rio envergonhar-me-hei de ter-te como irmão na fórma e na côr.
Um macaco, que tudo ouvia, comendo bananas num galho de pão, não se conteve e desfechou uma gargalhada.
— O mundo está perdido ! Esta besta a fazer-se de sabio, a zurrar centenas de asneiras e o auditorio a engulir tudo, caladinho...
O burro humilde replicou:
— Não zombes do coitado— porque é um coitado, não vês? Quanto a mim faço bem em não responder. O poeta Bocage ensinou-me estes versinhos que são profundamente verdadeiros:
Um tolo só em silencio
E' que se póde soffrer...