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— Não vejo motivo para tamanho barulho!... Fizeram-te uma vez o que fazes todos os dias. Não andas sempre a comer os filhos dos outros? Inda agora não mataste a filha da veada?

A onça arregalou os olhos, como que espantada da estupidez da anta.

— O' grosseira creatura! Então queres comparar os filhos dos outros com os meus? E equiparar a minha dôr á dôr dos outros?

Um macaco que do alto do seu galho assistia á scena metteu o bedelho na conversa.

— Amiga onça, é sempre assim. Pimenta na bocca dos outros não arde...