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Página:Flores do Mal (1924).pdf/143

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XLIX

O Frasco


Na perfumes que teem o condão singular
De todo e qualquer vazo ou frasco atravessar.
A’s vezes, ao abrir um cofre do Levante,
Sentindo a fechadura estrugir, lancinante,

Ou, n’um velho solar, um contador torneado,
Poeirento, carcomido, a um canto abandonado,
Logramos descobrir um frasco alvinitente,
D’onde se evola, viva, a alma d’um ausente.