LIII
A Corveta
Eu quero descrever, preguiçosa beldade,
Os peregrinos dons da tua mocidade;
Esse dotes soberanos
Em que se alia a infância ao fulgor dos trinta anos.
Quando passas, movendo as saias, pelo asfalto,
Lembras uma corveta a singrar no mar alto,
As velas pandas ao vento,
Num rítemo suave, enlanguescido e lento.