LVIII
A uma Madona
Madona, minha amante, eu quero te elevar,
No melhor do meu ser, um subterráneo altar;
Abrir no coração, recatado, escondido,
Longe dos maus, do olhar do mundo pervertido,
Um lindo nicho azul de cúpula doirada,
E ali hei de erigir-te, Imágem, deslumbrada!
Com meus Versos subtis, do mais puro metal,
N’um paciente labor, com rimas de cristal,
Formarei um Diadema enorme p’ra toucar-te;