Página:Flores do Mal (1924).pdf/201

Wikisource, a biblioteca livre

LXXII

Sepultura d’um poeta maldito


Se, em noite horrorosa, escura,
Um cristão, por piedade,
Te conceder sepultura
Nas ruínas d’alguma herdade,

As aranhas hão de armar
No teu’coval suas teias,
E nêle irão procrear
Víboras e centopeias.