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LXXIII

Uma gravura fantástica


Om vulto singular, um fantasma faceto,
Ostenta na cabeça horrivel de esqueleto
Um diadema de lata, — unico enfeite a orná-lo.
Sem espora ou ping’lim, monta um pobre cavalo,
Um espectro tambem, rocinante esquelético,
Em baba a desfazer-se como um epilético.
Atravessando o espaço, os dois lá vão levados.
O Infinito a sulcar, como dragões alados.