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I

Bençam


Quando, por uma lei da vontade suprema,
O Poeta vem á luz d’este mundo insofrido,
A desolada mãe, n’uma crise blasfema,
Pragueja contra Deus, que a escuta comovido:

«— Antes eu procreasse uma serpe infernal
«Do que ter dado vida a um disforme aleijão!
«Maldita seja a noite em que o prazer carnal
«Fecundou no meu ventre a minha expiação!