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Página:Futuros Imaginarios.pdf/12

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e Mônica Narula foram convidados pelo Cybersalon — evento organizado pelos alunos do curso de mestrado de Richard na Universidade de Westminster — a traçar um cenário da arte em rede e do ativismo midiático no Brasil e na Índia. Nessa noite, lembro-me de dividir com Richard boas quantidades de cerveja no balcão da festa que se sucedeu à apresentação. Poderia dizer que aí começou a nossa amizade. Durante os anos que se seguiram, outros encontros aconteceram em palestras, debates, festivais ou carnavais espalhados pelo mundo. Uma outra centena de e-mails mantinha as conversas em dia entre os encontros. E então, num desses emails, Richard me dizia que escrevia um novo livro, e que provavelmente aquele seria o primeiro capítulo. Anexado à sua mensagem, um arquivo de texto chamado As profecias novaiorquinas. Assim que o li, retornei a mensagem para Barbrook dizendo: “Está muito bom. Gostaria de lançar esse livro no Brasil” Richard, lógico, adorou a idéia.

Após alguns meses, chegou em casa a primeira versão, impressa a partir do computador, de Futuros imaginários. Richard havia mandado para que ajudássemos a perceber erros ou para dar sugestões no livro. Após algumas lidas do original por várias pessoas, começamos a discutir como poderíamos traduzir o livro para o português e lançá-lo no Brasil. Acontecia que, além da centena de livros que o Dr. Barbrook utilizava como referência e que deveriam ser citados em suas edições brasileiras, o livro era recheado por conceitos ainda pouco debatidos em português. A solução a que chegamos foi desafiadora: montaríamos uma equipe para a tradução do livro, composta de artistas, tecnólogos, cientistas sociais, comunicólogos, jornalistas, historiadores e cientistas da computação. Em conjunto, discutiríamos os melhores termos, como eles já haviam sido utilizados no Brasil, e quais termos nós utilizaríamos. O processo foi longo, e os agradecimentos oferece-