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O FUTURO É O QUE SEMPRE FOI

ERA SEGUNDA-FEIRA, 25 de abril de 2005 em Nova Iorque, e eu estava em busca de uma época cristalizada no tempo. Tomei o trem 7 de Manhattan para o leste em direção ao Flushing Meadows, no Queens. Ao chegar na estação, fui direto ao parque. Quase que instantaneamente, encontrei o que estava à procura: relíquias da Feira Mundial de Nova Iorque de 1964. Na entrada do parque, recebi as boas-vindas de uma série de mosaicos sobre o asfalto que celebravam os temas da exposição e seus organizadores. Ao longo de um dos caminhos, deparei-me com o “Lançador de foguetes”: uma estátua de um mitológico viajante do espaço. Ao encontrar um amigável turista japonês, divertimo-nos ao tirar fotos um do outro em frente à “Uniesfera”: um globo de metal maciço com 45 metros de altura que domina o parque. Conversei com um casal da vizinhança, com seus cinquenta e poucos anos, sobre suas visitas durante a adolescência à Feira Mundial. O céu nublado da manhã havia desaparecido e Flushing Meadows agora se aquecia sob a luz do sol. Esqueitistas executavam manobras embaixo da Uniesfera, famílias vagavam ao longo dos caminhos e casais relaxavam sobre o gramado.[1] No dia seguinte, eu faria o longo vôo de volta para minha casa em Londres. Contudo, naquela tarde em Flushing Meadows, as tarefas do amanhã

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