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O SÉCULO ESTADUNIDENSE

dez anos. Enquanto as multidões olhavam para os gigantescos foguetes no Parque Espacial, essa ambição já estava a caminho de ser realizada.[5] Os visitantes da Sala de Ciências da cidade de Nova Iorque puderam se maravilhar com um modelo de ônibus espacial da Nasa que conduzia pessoas e suprimentos a um laboratório orbital. Dentro do pavilhão dos Estados Unidos foi exibido um filme que mostrava astronautas estadunidenses na primeira aterrissagem lunar.[6] Apesar dos atrasos prematuros, a ingenuidade ianque somada à falta de um espírito inventivo liderava a corrida espacial. Os Estados Unidos ainda eram o número um.

Como no Parque Espacial, os pavilhões corporativos também se orgulhavam da proeza tecnológica dos Estados Unidos. Na exposição da DuPont, a atração principal foi o musical O maravilhoso mundo da química, com canções como A feliz família de plástico, que celebrava as contribuições dos cientistas estadunidenses à sociedade de consumo.[7] Pavilhão após pavilhão, os grandes negócios predisseram que as realizações do presente logo seriam superadas pelos triunfos do amanhã. Visitantes da exposição da General Motors puderam passear no parque temático por um futuro de viadutos multipistas, gigantescos arranha-céus, assentamentos embaixo d'água, cidades desertas e, como um grand finale, por um resort turístico lunar. Em volta do pavilhão da Ford, os automóveis eram glorificados como protótipos de foguetes. A corporação ostentava que os passageiros do seu passeio espacial deveriam “plainar sobre uma super-rota aérea sobre a Cidade do Amanhã com seus elevados pináculos e edifícios com domos de bolhas de vidro reluzente.”[8] Tanto General Motors quanto Ford compartilhavam a mesma visão: visitar outros planetas no futuro seria tão barato e fácil como viajar a outras cidades no presente. Dentro de algumas décadas, cada estadunidense seria um astronauta.

Na abertura da Feira Mundial, a General Electric foi manchete nos meios de comunicação por proporcionar “a primeira demonstração

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