O triunfo da Grande Exposição de 1851 foi o começo do movimento de exposições globais. Dentro de dois anos, Nova Iorque hospedaria a sua primeira Feira Mundial e, alguns anos depois, Paris também apresentaria a sua mostra inaugural. À tendência foi estabelecida. Organizar uma exposição se tornou um dos melhores modos de comprovar a modernidade de uma nação. Assim como a Grande Exposição, esses eventos subseqüentes foram muito mais do que meras feiras de negócios. A Exposição Chicago Columbian, em 1893, teve mais de 21 milhões de visitantes, enquanto a Exposição Paris Universal, em 1900, atraiu quase 48 milhões de espectadores.[43] Esses movimentos de pessoas sem precedentes demonstravam o importante papel cultural desses eventos. Antes do advento da viagem aérea barata, ir a uma exposição era uma das poucas possibilidades de experimentar culturas de outras nações. Exposições mundiais pareciam prefigurar a paz mundial.
Embora suas localizações e circunstâncias históricas fossem diferentes, cada um desses eventos seguiu o padrão estabelecido pela Grande Exposição de 1851: a celebração pública do progresso econômico. Exposição após exposição, as estrelas do show eram, sobretudo, as tecnologias de vanguarda da época. A Exposição Paris Universal de 1889 foi imortalizada pela realização da soberba engenharia da Torre Eiffel.[44] Contudo, a partir da abertura dessa exposição, as potências européias começariam a ficar para trás face ao rápido passo da inovação que se realizava do outro lado do Atlântico. Poucos anos depois da Torre Eiffel ser construída, o Palácio da Eletricidade — a exibição mais popular da Exposição Mundial de Chicago, em 1893 — fornecia a prova espetacular da superioridade tecnológica da indústria dos Estados Unidos sobre seus rivais europeus.[45] Durante a primeira metade do século XX, a disparidade entre os dois continentes ficou cada vez mais óbvia. Enquanto as forças européias destruíam umas às outras em guerras desastrosas, os