— Está visto que o casamento para as mulheres é uma situação...
— Razoavel, d. Gloria. E até é bom para a saude.
— Mas ha tantos casamentos desastrados... Demais isso não é coisa que se imponha.
— Não, infelizmente. É preciso propor. Tudo mal organizado, d. Gloria. Ha lá ninguem que saiba com quem deve casar?
— Quanto a mim, acho que em questões de sentimento é indispensavel haver reciprocidade.
— Qual reciprocidade! Pieguice. Se o casal for bom, os filhos saem bons; se for ruim, os filhos não prestam. A vontade dos paes não tira nem põe. Conheço o meu manual de zootechnia.
Depois dessa conversa, a colheita do algodão prendeu-me duas semanas em S. Bernardo. Reflecti algumas vezes no caso. Era provavel que d. Gloria houvesse batido com a lingua nos dentes. Que teria dito? Appareci a Magdalena com medo de ser mal recebido por causa da suggestão. Fui bem recebido:
— Como vai a lavoura?
— Vai regularmente. Creio que vai regularmente: ainda não posso prever o resultado da safra. E a sua escola? Os meninos, a d. Gloria, sem novidade? Estimo. O que é certo é que a senhora não se importa com lavoura, e eu vinha tratar de outro assumpto.
— O convite que me fez pelo Gondim?