de pedra. Entretanto ameaço Magdalena com o punho. Exquisito.
Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudencias. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estabulo.
O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de seu Ribeiro e d. Gloria é bastante clara. A difficuldade seria reproduzir o que elles dizem. E' preciso admittir que estão conversando sem palavras.
Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha?
Se eu convencesse Magdalena de que ella não tem razão... Se lhe explicasse que é necessario vivermos em paz... Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito differente do que esperamos. Absurdo.
Ha um grande silencio. Estamos em Julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem. Quanto ás corujas, Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com ellas a pau. E foram tapados os buracos de grillos.
Repito que tudo isso continua a azucrinar-me.
O que não percebo é o tic-tac do relogio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim ás escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas da pendula, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relogio, mas não consigo mexer-me.