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GRACILIANO RAMOS
— Um dia eu mato um peste.
Toda a gente dormia com a mulher do Jaqueira. Era só empurrar a porta. Se a mulher não abria logo, Jaqueira ia abrir, bocejando e ameaçando:
— Um dia eu mato um peste.
M atou. Escondeu-se por detraz dum pau e
descarregou a lazarina bem no coração dum freguez. No jury, cortaram a cabeça por seis votos (patifaria). Sahiu da cadeia e tornou-se um cidadão respeitado. Nunca.mais ninguém buliu com o Jaqueira.
Página:Graciliano Ramos - S. Bernardo (1934).pdf/166
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