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Página:Graciliano Ramos - S. Bernardo (1934).pdf/204

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XXXIV

Na cidade havia um fuchico nojento. E eu, que nunca tive gosto para safadezinhas de lugar miudo, entoquei-me.
Lamentava, sem duvida, que o meu partido tivesse ido abaixo com um sopro. Que remedio!
— Agora é comer da banda podre. E calado. Os Gama, o Pereira, o Fidelis, iam serrar de cima e fazer-me picuinhas. Aborrecia-me de tudo isso. Também não fariam grande coisa. Cortar o arame da cerca, mandar o delegado de policia to­mar a faca dum cabra, na feira, e sapecar-lhe o zinco. Natural.
O peor era Padilha ter seduzido uns dez ou doze caboclos bestas, que haviam entrado com elle no exercito revolucionário. Voltariam.
Para que? Era melhor ficarem na malandra­gem, nos exercicios.
Bocejava. Cada bocejo de quebrar queixo.
Vida estúpida! E’ certo que havia o pequeno, mas eu não gostava delle. Tão franzino, tão amarello!
Se melhorar, entrego-lhe a serraria. Se