— Sim. Encontrei-a uma noite destas e gostei da cara. É moça direita?
Azevedo Gondim encetou a quarta garrafa de cerveja e desmanchou-se em elogios.
— Mulher superior. Só os artigos que publica no Cruzeiro!
Desanimei:
— Ah! Faz artigos!
— Sim, muito instruida. Que negocio tem o senhor com ella?
— Eu sei lá! Tinha um projecto, mas a collaboração no Cruzeiro me esfriou. Julguei que fosse uma criatura sensata.
— Essa agora! bradou Gondim picado. O senhor tem cada uma!
— Está bem. Para você não ha segredo. Ouça. Estou aborrecido com o Padilha.
— Alguma carraspana que elle tomou?
— Peor. Anda querendo botar socialismo na fazenda. Surprehendi-o dizendo besteiras. Não liguei importancia, tanto que o conservei, mas, o caso bem pensado, talvez fosse melhor arranjar para elle outra collocação, fóra.
— E convidar a Magdalena.
— Sim, estive pensando. Não sei. Se ella for moça de bons costumes.
— De bons costumes? Claro. O diabo é que talvez não acceite. Morar nas brenhas!
— Isso são bobagens da tia, uma velha