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fazem no plural, amores, furores, azares, etc.

As terminadas em al, ol, ul, seguem a mesma regra, mas por euphonia supprime-se o l no plural. Ex. sal, sol, rol, paul, taful, que fazem no plural, saes, soes, roes, paues, tafues. Exceptua-se mal, cal de moinho, e consul, que seguem a regra geral, e fazem : males, cales, consules.

As terminadas em el fazem éis no plural. Ex. tonel, aranzel, mel, papel, cujo plural he : tonéis, aranzéis, méis (desusado), papéis.

As terminadas em il tem o plural em is ou iz. Ex. fusil, funil, ardil, mandil, que fazem funis, fusis, mandis, ardis ou ardiz.

As palavras cujo singular acaba em s não soffrem hoje mudança no plural. Ex. pires, alferes, ourives ; mas as terminadas em z formão o plural pela addição de es. Ex. paz, vez, rez, foz, voz, capuz, luz, teliz, verniz, que fazem : pazes, vezes, rezes, fozes, vozes, capuzes, luzes, telizes, vernizes. Os antigos as escrevião tambem por s e dizião, alfereses, etc. Deos faz deoses ou deozes; caliz ou calix, cálices.

As palavras em ão formão o plural de tres maneras : 1º segundo a regra a mais geral, pela addição de hum s, quando são derivadas de nomes latinos em anus, ou castelhanos em ano. Ex. mão, irmão, ancião, que fazem no pl. : mãos, irmãos, anciãos.

2º Em ões (que outros escrevem mal oens) nos