— Boas noticias, hem?... Bem dizia eu que o Borralho era um rapaz de truz. Mas então as cousas vão bem?...
— As maravilhas, Sr. Miguel Correia, futuro procurador do Senado recifense! exclamou o frade com ênfase, terminada a leitura.
Arrufou-se o mercador de prazer, como um peru de roda quando o garoto rapaz lhe assobia no terreiro.
— Qual!...
— Digo-lho eu. O mês se não acaba sem que tenhamos pelouros abertos neste Recife.
— Pois já tão próximo?... tornou o Miguel. Pelo que vejo este papel é algum arranjo que os pés-rapados nos propõem?
— Este papel?...
Um riso desdenhoso borrifou a respeitável belfa do frade, que inchou as bochechas, para soltar a palavra retumbante com a ênfase do costume.
Aqui para nós, leitor, o reverendo preparava-se para representar o papel de tribuno, que é o apostolado político; e por isso não perdia ensejo de pôr os pontos á sua eloqüência.
— Este papel?... É o mane, thecel, phares da orgulhosa Olinda!... Como Babilônia cairá para não se levantar mais, a famigerada cidade!