— Para que ter esse trabalho? Não me demoro nada. Espere a tia.
— Porventura, Leonor, quer você esconder de mim alguma cousa?
— Eu?.. . Esconder!. .. Ora que lembrança esta agora da tia!
— Pois está você com tantas partes por uma cousa á-toa!
— Já não digo nada; a senhora tia faça como for de seu gosto.
— Venha então para a alcova se compor.
— Não é mais preciso; aqui mesmo arranjarei.
Contrariada, Leonor alisou os cabelos com as pontas dos dedos e deu pelo aposento alguns passos a esmo, indecisa sobre o que havia de fazer, e ao mesmo tempo impaciente de tomar uma resolução.
Soaram passos no corredor; entrou um escravo com uma candeia de garavato para acender o lampião da sala; e logo em seguida o dono da casa, que naquele momento chegara da rua.
Representava o Capitão André de Figueiredo ser homem de trinta e sete anos; toda a sua pessoa respirava exuberância de energia e arrebatamento, que dizia com a organização musculosa e o adunco perfil.
Ao entrar, dardejou um a outro canto da