Página:Guerra dos Mascates (Volume I).djvu/152

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porém não se fez esperar. Acercou-se do grupo, dizendo:

— Quem me dá um lugar?

E sem esperar resposta:

— Está bom; tenho meu estrado.

Encaminhou-se então para a janela com o pretexto de arrastar o estradinho em que estivera sentada à tarde. Do primeiro lance viu ela parado em frente da casa um vulto. Observando que não reparavam, abriu rapidamente a aldraba da rótula e arremessou o lenço.

Ao voltar-se de todo para melhor empurrar com o pé o estrado, viu em frente André de Figueiredo, que se aproximava dela:

— Sabe quem andou hoje por Olinda, Leonor?

— Como posso saber, eu que daqui não saio nunca? respondeu a moça trêmula.

— O Vital Rebelo!

— Não disse eu? acudiu D. Severa.

— Bem minha tia teimava que o tinha visto! continuou Leonor.

— Que terá ele vindo buscar? perguntou D. Lourença.

— Não sei; mas queira Deus não seja o que suspeito! replicou o capitão com surda voz de ameaça.

— Que vem fazer? acudiu D. Severa. Pois, Lourença, não