Página:Guerra dos Mascates (Volume I).djvu/45

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o tiro; se errava o alvo, como quase sempre acontecia, Nuno fazia uma careta:

— Uh! Uh!...

E eram gargalhadas da menina e trejeitos do moço, que se divertia com aquele folguedo apto ao seu gênio trêfego e petulante.

Acabados os projéteis, meteu a menina a mão no bolso e tirou um gomo de cana, mas em vez de o jogar, começou com ele a fazer foscas ao moço, ora fingindo que o chupava, ora acenando que lho queria dar em mão.

— Quer? perguntou afinal.

— Atire!

— Lá vai!

Aparou o moço nas mãos o gomo de cana e chupou-o logo: depois outro e outro até o último.

— Não tem mais! dizia a menina virando os bolsos.

— Que pena!

Desde que não havia mais travessuras, sentiam-se os dois enleados; já não se animavam a olhar um para o outro, nem a trocar palavra.

O rapaz estendia os olhos para o caminho e suspirava; a menina já não se debruçava à janela, e de vez em quando voltava-se para dentro.