Página:Guerra dos Mascates (Volume I).djvu/71

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— Aquele focinho de caititu do tal de Negreiros... Mas isto cá é comigo.

— Então, vistos os autos, está você aborrecido de mascatear e prefere a milícia!

— Pois é minha paixão! Não sei por que já não atirei no mangue esta burjaca.

Assim é a sorte. O que você rejeita, outros invejam. Eu, verbi gratia, eu que há sete anos garatujo do Matias, para ganhar uns magros tostões... se pilhasse um arranjozinho de mascate, nalguma loja... Bem podia você, Nuno, se quisesse, arranjar-me em casa de seu pai para o lugar que vai deixar.

— Está dito; você toma conta da albarda, e o pai ganha na troca, porque fica com um bom latagão! Vamos a isto; eis aí o surrão!

Para fazer ao vivo a entrega do fardo, o Nuno chimpou com ele no toutiço do Cosme, que titubeou.

— Arre lá! As cousas fazem-se com jeito. Você primeiro deve falar de mim ao velho; e para inquirições ele pode tirá-las do Capitão Miguel Correia e Padre João da Costa, o da Recoleta. Ambos hão de assegurar que eu dou conta da obrigação, como se fosse devoção. Não há tarefa que me meta medo; e para remate, fui sempre pelos do Recife.

Já não o escutava o Nuno, que esguardava