Epitalâmio
É sempre assim. De manhãzinha, braço dado,
nos jardins claros do hospital,
êle mancando, a ela apojado,
silenciosos, lado a lado,
dão o passeio matinal.
E, vagarosamente, se entranhando
no perfume vermelho da manhã,
ela vem triste, como que sonhando,
— ela, que é sã —
e ele, — o ferido — traz sorrisos francos,
vem assobiando entre seus lábios brancos
uma valsa alemã...
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