No meio das intrigas que resultavam dessa lucta e que a protrahiam, o papa levava após si o embaixador de cidade em cidade através dos estados pontificios, sem resolver cousa alguma e sem, ao menos, o escutar. Era melindrosa a sua situação. Pretendia e esperava obter para seu neto, o cardeal Farnese, uma pensão sobre os redditos da abbadia de Alcobaça, e por isso importava-lhe não romper abertamente com D. João iii. Por outro lado, as offertas dos conversos não eram de desprezar. Convinha, pois, conciliar os dous interesses, e as dilações offereciam um meio seguro de chegar a esse fim. Por diligencias de Santiquatro, que se ajunctara em Pistoia á comitiva do pontifice, e tendo o embaixador recebido despachos de Portugal, em que era possivel vir resolvida a pretensão de Farnese, o papa concedeu uma audiencia em Bolonha a Christovam de Sousa. Mas os ministros de D. João iii tambem eram astutos, e a mercê esperada por Farnese não chegara. Tractou-se a questão da nunciatura. As mutuas reconvenções da ultima audiencia em Roma repetiram-se nesta ainda com mais violencia. Santiquatro falou com ardor, invectivando Sinigalia e Capodiferro. Inspirava-o sobretudo o proprio interesse
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