Sousa, respondendo á carta d'elrei, agradecesse a este a mercê de o tirar da capital do mundo catholico; dessa Roma que comparava á prostituida Babilónia, e onde os poucos dias que lhe restavam de demora eram para elle como se jazesse no inferno[1].
A brevidade com que o embaixador contava voltar a Portugal nascia da falta da exigida satisfação; posto que, na verdade, esta fosse difficil de dar. Não podia o pontífice demittir D. Miguel da dignidade cardinalicia, e só esse acto insolito applacaria o animo irritado d'elrei. Paulo iii, porém, estribava a legitimidade do seu procedimento, não na impossibilidade de retroceder, mas sim nas cartas dirigidas officialmente e extra-offlcialmente ao bispo de Viseu para o illudir, e cujo contexto elle opposera sempre ás representações de Christovam de Sousa e de Jorge de Bairros. Desenganados da inutilidade de ulteriores diligencias, o embaixador e o seu colega abandonaram a corte de Roma, tendo occultado ao proprio Santiquatro as instru-
- ↑ «a mercê de me mandar hir desta Babilonia de confusões»: Carta de Christovam de Sousa, cit. — «e estes dias que estou em Roma me parece que estou no inferno»: Ibib.