que procedia como supremo pastor, comtudo, por deferencia com elle, dar-lhe-hia razão de si, apontando-lhe os motivos que tivera para rejeitar as supplicas dos seus embaixadores. Estes motivos eram em substancia os mesmos dos memorandos dos cardeaes e theologos, expostos com admiravel lucidez, simplicidade e elegancia, sem perderem um apice da sua força. Concluia o pontífice asseverando que estava certo da obediencia d'elrei e assegurando a este que, se tivesse de fazer novas ponderações, a corte de Roma estava prompta a ouvi-las uma e mil vezes[1]. Poucos dias depois, Clemente vii escrevia ao nuncio, avisando-o da expedição deste breve. Esperava o papa que, respondendo-se ahi a todas as objecções, elrei não poria mais obstáculos á execução da bulla. Ordenava-lhe, portanto, que cumprisse o que nela se estatuía, repetindo-lhe, comtudo, a advertencia que já por muitas vezes lhe fizera, advertencia que, aliás, não provava demasiada confiança nas qualidades moraes do bispo de Sinigaglia, de que nem elle, sob pena de suspensão, nem os seus ministros e familiares,
- ↑ Breve Venit ad nos de 2 de abril de 1534, no M. 19 de Bullas N.° 12, no Arch. Nac.