sido formalmente acceitas, ou se apenas a esse infame trafico se dera um assenso tacito, não saberíamos dizê-lo. É certo, porém, que, ao mesmo passo que parecia obter para os seus tão assignalado triumpho na curia romana, elle denunciava para o reino, por intervenção do arcebispo, os mais notaveis entre os pseudo-christãos que tractavam de se pôr a salvo fugindo de Portugal, e indicava quaes seria conveniente prender e processar, suggerindo as providencias que reputava convenientes para obstar á sua fuga e offerecendo-se para a isso pôr obstáculos em Italia[1]. Se outr'ora Duarte da Paz, mandando a elrei a cifra por meio da qual deviam corresponder-se, exigia o maior segredo, recommendando que nem o proprio embaixador Brás Neto soubesse das suas relações com o
- ↑ «e para verdes a vertude que ha nelle (em Duarte da Paz) vos envio com esta carta as proprias cartas que elle la deu ao arcebispo do Funchal para me enviar, porque me descobria alguns de sua gente, e dos principaes, que de cá se queriam fugir, para serem presos e se proceder contra elles, e o que nisso se offerecia fazer e as provisões minhas que para isso me requeria, etc». Carta de D. João iii a Santiquatro de... de... de 1536, G. 2, M. 1, N.° 28.