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Página:Historias de Reis e Principes.djvu/259

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bandoleiros faziam audaciosas incursões até ás portas da capital. Bazaine casára com uma senhora mexicana; creára, portanto, ligações e interesses no Mexico, a sua sinceridade devia tornar-se suspeita a Maximiliano que, para conservar-se no throno, não tinha outro ponto de apoio senão a França.

Fôra Bazaine que aconselhára o imperador a decretar uma lei severa contra todos os bandos armados que infestavam o Mexico.

Era o rastilho que devia incendiar, contra Maximiliano, o espirito nacional. Mas o imperador dependia exclusivamente de Bazaine, e fez-lhe a vontade.

Foi leal o conselho de Bazaine? Tudo faz acreditar que não foi. Elle contava com o effeito seguro d'essa lei sanguinolenta. De facto, no 1.º de setembro de 1865, descobriu-se uma conspiração contra Maximiliano. Um dos cabeças da conspiração era o general Uraga, ajudante do imperador. Quinhentas pessoas foram presas, o corpo de dragões da imperatriz dissolvido, e Bazaine convidado a occupar militarmente o palacio imperial.

Que triste realeza a de Maximiliano, rodeiado de bayonetas no seu proprio palacio!

Coincidiu com este deploravel estado de coisas o termo da occupação franceza. Tres annos haviam passado. Napoleão III, que principiára a medir todo o alcance d'essa louca aventura do Mexico, procurava um pretexto desleal para mandar retirar a expedição franceza. Os Estados-Unidos deram-lhe o pretexto. E Maximiliano, vendo-se perdido, enviou á Europa, a