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^  NT. Extropia é um neologismo cunhado por T. O. Morrow a partir do termo entropia, como uma metáfora, para descrever um conjunto de valores que negam — mas não são o contrário de — a noção de entropia. O termo extropia foi aplicado a um grupo de pessoas que tem como objetivo combater a decadência entrópica da sociedade através do aumento da inteligência, expectativa de vida, agudez dos sentidos, refinamento da personalidade e melhora da ordem social. Os extropianos pretendem alcançar este ideal através de um conjunto de atitudes e valores de cunho humanista e do uso da tecnologia, inclusive as técnicas que envolvem interferência direta no organismo humano. No limite, os extropianos pretendem que o homem alcance a imortalidade e possua poderes sobre-humanos.

^  NT. A sigla MUD significa Multiple User Dungeon. São programas de computador, geralmente hospedados em redes Telnet de universidades ou corporações, em que usuários podem se conectar para jogar Role Playing Games, ou RPG. Em um RPG - que não necessariamente precisa ser jogado em computadores —, cada jogador assume um personagem e explora um mundo fictício ou baseado em paisagens reais, interagindo com outros personagens, coletando itens, combatendo monstros e criando seus próprios espaços de jogo. O primeiro MUD foi criado por Richard Bartle.

^  NT. Wetware é uma expressão derivada de software e hardware, para designar organismos vivos. (o corpo humano, por exemplo, tem 70% de água em sua composição.) Os extropianos utilizam um termo análogo aos termos da informática por acreditarem que a mente funciona como um software, com a diferença de rodar em um organismo, ou wetware, em vez de em um hardware comum. Um dos principais objetivos extropianos é que os seres humanos possam, através do avanço tecnológico, descarregar suas mentes em um hardware que misture partes biológicas e artificiais — como eles mesmos dizem, pós-biológicos — ou totalmente artificial. Daí, abandonar o wetware.

^  NT. Aqui optou-se por manter a expressão em inglês, já que a tradução de sprawl, “espraiar-se”, não denota o sentido correto. Trata-se de um rótulo atribuído aos livros de Gibson por David Mead, no estudo Technological Transfiguration in William Gibson's Sprawl Novels: Neuromancer, Count Zero, and Mona Lisa Overdrive. O termo sprawl refere-se à maneira como as cidades se desenvolvem nestes romances. A decadente Cidade Global