Página:Innocencia (1872).djvu/155

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Pereira, Cirino e José Pinho essas enérgicas imprecações.

—Poderá isso, observou o mineiro, curá-lo da mania de não ouvir os outros que conhecem as coisas.

E voltando-se para Cirino:

—Verdade é que o corpo dele... Que corpo, Sr. doutor, tão arvo!... ficou todo empolado que foi preciso esfregá-lo com folhas de fumo. Depois, tomou um banho no ribeirão...

—Tudo estava muito bem, observou Meyer, se caixa não abre e atira no buraco meu trabalho...

—Ora, ficará para amanhã, consolou filosoficamente o camarada.

Pereira, acalmado o frouxo de riso, aproximara-se de Cirino e lhe falava a meia voz:

—Ah! doutor, tive uma vontade de deixar este alamão sumir-se no socavão!... Se não fosse meu hóspede, enfim, e recomendado de meu mano, palavra de honra pinchava-o de uma vez no inferno... Não sou nenhum pinóia...

—Mas por quê? indagou Cirino simulando admiração...

—O sr. ainda me pergunta?... Porque o homem não me faz senão falar em Nocência... Outra vez me disse que ela era muito bonita e mil coisas.. perguntou se estava casada, se não; que era preciso casar as mulheres para bem delas.