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Jéca Tatú passava os dias de cocoras, pitando uns enormes cigarrões de palha, sem animo de fazer coisa nenhuma.

Ia ao matto caçar, tirar palmitos, cortar cachos de brejauva, mas não se lembrava de plantar um pé de couve atrás do seu casebre.

Perto corria um ribeirão, onde elle pescava de vez em quando uns lambarys e um ou outro bagre. Com isso lá ia vivendo.

Dava pena ver a miseria da sua casa.

Não havia nella nem moveis, nem roupas, nem nada que significasse commodidade. Um banquinho de tres pernas, umas peneiras furadas, uma espingardinha de carregar pela bocca, muito ordinaria, e só.

Todos que passavam por alli diziam ao vel-o:

— Que grandessissimo preguiçoso!

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