Página:Lendas e Narrativas - Tomo II.djvu/289

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Rosa e a Bernardina. Qual cousa? Isso é o que não diz a historia. O que é certo é que era um bis bis que partia do centro para a circumferencia, como os circulos concentricos que encrespam a superficie do lago ao meio do qual se atirou uma pedra, e era ao mesmo tempo um balouçar de pontas de lenços sobre os cabeções dos capotes, um rir abafado, um sussurro, uma agitação entre o mulherío, tal, que attrahira a attenção e logo a colera de Fr. Narciso. O mais que se pôde perceber foram alguns fragmentos de dialogo entre a tia Jeronyma e a Engracia do Estanislau fogueteiro.

“Padre nosso que estaes nos céus:—­dizia Engracia Ripa, deixando correr um dos bugalhos de umas contas da terra sancta que tinha nas mãos.—­Ora essa!—­Sanctificado seja o vosso nome.—­Forte tractante!—­Venha a nós o vosso reino.—­E uma pessoa com a sua áquella de que era um home como se quer!—­Seja feita a vossa vontade.—­Safa!—­Assim na terra como nos céus.—­Com que então setenta?”

“Entregadinhas!—­Ave Maria, gracia plena:—­respondeu a tia Jeronyma, que latinisava furiosamente á força de viver com o prior.—­Como lh’o hei-de dizer?—­Domisteco.—­Foi o demo que o tentou.—­Benedités tu...