Página:Lourenço - chronica pernambucana (1881).djvu/228

Wikisource, a biblioteca livre

da face de Pernambuco: Cristovam Romão seguiu o caminho de Marques Bacalhau. Um dos seus primeiros passos foi instar para que fossem embarcados os onze mártires, que a esta hora, talvez, já tenham sido degolados em Lisboa. Tratou depois da devassa, na qual ouviu como testemunhas, hoje um mulato, amanhã um cativo, um vil, um destinado, e com esta madeira erigiu a execrável fábrica destinada a servir de cadafalso à nobreza. O capitão Antonio Bezerra foi recebido a toque de charamelas pelos mascates, regozijados da sua prisão. O Capitão Francisco de Freitas andou quatorze léguas, presas as mãos ambas nas algemas. Por impedir que os nobres se entendessem, foram estabelecidos presídios em vários pontos, dos quais não passam os passageiros, sejam brancos ou pretos, clérigos ou frades, por não terem licença de ir adiante, nem ainda de voltar para trás, por mais que o desejem; somente em Tracunhaém se contam nove. E porque o ódio ainda não se sentia satisfeito, ordenou o governador que o Tunda-Cumbe, com trezentos e sessenta vagabundos, se unisse com o Camarão e seus trezentos índios, para baterem novamente as matas, com cães de caça, "a fim de levantarem